Mais uma tarde de Domingo preenchida, desta vez com a missão de realizar uma saia de trespasse, no lugar de sempre:
Com a Mestre Josefina, com quem já tinha feito o curso de Moulage I e a confecção posterior do vestido, umas horas de concentração para nada ficar aquem do nível de exigência da alta costura, no que parecia ser confeccionar(!) uma simples saia(!).
Simples, foi sem dúvida, os acabamentos, tais como bainhas e remates, vieram como trabalho de casa...
Entramos num mundo diferente...toda uma linguagem um pouco estranha para quem não priva todos os dias com esta área!
Foi assim:
Enfestar o tecido, ou seja, dobrar o tecido auréola com auréola, acertar e colocar alfinetes, sempre em atenção ao fio direito e ao festo do tecido (no meu caso um cetim),
moldes
parte da frente,
(trabalhar sempre com o fio direito ao alto)
Marcar valores para a altura que se pretende de saia, mais valores de bainha (5cm),
Marcar valor para as vistas (4cm)
Molde da parte de trás colocado sobre o festo (dobra) do tecido,
marcar valores de costura (lateral e cós), e pinças,
Valores para a altura da saia e bainha,
(parte de trás), iguais á frente,
Marcações com giz de alfaiate,
Coser as costuras laterais e as pinças de trás, choulear do direito do tecido para ficar mais perfeito,
Passar a ferro (atenção á temperatura para o tecido que estão a trabalhar) as costuras,
Abrir costuras (vapor na fotografia!),
pinças de trás,
sobrepôr ambas e marcar a giz até onde vai coser para ficarem com a mesma altura
engomar as pinças, fechadas para o mesmo lado, (de dentro),
Chulear a bainha e as vistas,
marcar a altura da bainha e alinhavar ,
Dobrar as vistas (tudo o que é ao alto) e marcar,
são sempre costuradas por cima da bainha,
se optarem por colocar um cós, cortem com a medida necessária, cortem o mesmo valor de entretela,
coloquem um pano sobre a tábua de engomar, a parte da entretela que cola virada para o avesso do tecido,
sobrepôr a outra parte do pano e aplicar o ferro por cima, tendo atenção para não ficarem rugas ou linhas...
Coser o cós á saia, alinhavar perto da costura a "espremer" (apertar) o tecido para ficar direito e sem qualquer ruga ou prega,
coser as pontas do cós rente á vista,
(Aqui podem ver o alinhavo do cós espremido(!)),
Marcar a altura do cós com alfinetes e alinhavar,
do lado de dentro dobrar o valor que sobra para dentro e alinhavar.
Coser o cós a toda a volta rente ás costuras.
Voilá! Seis horas e picos depois, aqui está a minha sublime saia de trespasse, com a bainha e pequenos acabamentos para realizar!
Eu não quis colocar botão para prender o cós, optei por molas transparentes no interior!
Como o tecido já é vistoso, fica mais "clean"!!!
Obrigada Josefina, a Mestre sempre disponivel, e Cristina Garrido, a proprietária da escola-atelier!
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